quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Curiosidades bariátricas!

Obesidade: sua cabeça está pronta para a redução de estômago?

Se não estiver, ela vai sabotar a operação

Cerca de 30 mil brasileiros a cada ano são submetidos a cirurgias de redução de estômago. Depois de inúmeras tentativas frustradas de emagrecimento, encaram um recurso radical: entram numa sala de cirurgia e saem com o estômago mutilado. A restrição os obriga a comer pouco. Aprendem a fazer escolhas menos calóricas e emagrecem. O número de candidatos à cirurgia cresce a cada ano. Há no Brasil cerca de 3,5 milhões de obesos mórbidos. A fila de espera por uma cirurgia gratuita é enorme. Até o final deste ano, algo em torno de 3 mil pessoas conseguirão ser operadas pelo SUS.

É pouco.A cirurgia de redução de estômago salva vidas quando é indicada com critério e o paciente é acompanhado adequadamente. Nem sempre isso ocorre. Muitos pacientes de classe média alta procuram a cirurgia mesmo sem apresentar graus severos de obesidade. Acham que pode ser uma forma fácil e rápida de emagrecer. “Um dia desses dispensei uma paciente que tinha uns 10 quilos de sobrepeso e disse que queria emagrecer até o Natal”, afirma o cirurgião Ricardo Cohen, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Essa banalização é fruto da falta de conhecimento sobre as mudanças provocadas pela redução de estômago. Nem todos conseguem se adaptar ao novo corpo. Para aceitar a transformação é preciso passar por um cuidadoso acompanhamento psicológico antes e depois da cirurgia. E ter uma expectativa realista sobre os resultados.

“A cirurgia de redução de estômago não vai mudar a sua vida”, diz o cirurgião americano Garth Davis, do Hospital Metodista em Houston, no Texas. “Mas se você quer mudar a sua vida, a cirurgia pode ajudá-lo”.

Davis lançou neste ano um guia bastante didático para pessoas que pretendem passar pela cirurgia.
Em inglês, o nome do livro é The Expert´s Guide to Weight-Loss Surgery (Hudson Street Press). Selecionei alguns alertas importantes reunidos no livro:


1) Não será fácil

É muito tentador achar que a cirurgia será uma cura mágica. Na verdade, o sucesso depende de muita determinação do paciente para seguir as recomendações alimentares e se adaptar aos novos hábitos

2) Os resultados não serão imediatos

Em geral, só depois de um ano e meio o paciente alcança o peso esperado após a cirurgia mais utilizada para redução de peso (chamada de derivação gástrica ou bypass grástico)

3) A cirurgia não vai mudar sua relação com a comida

A operação é apenas uma ferramenta. Com um estômago menor e menos fome, o paciente pode aprender a lidar melhor com seus sentimentos em relação à comida. Quem tem compulsão alimentar não deixará de tê-la simplesmente porque seu estômago foi reduzido.

É fundamental diagnosticar o problema antes da cirurgia e tratá-la com acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Sem esse cuidado, é quase certo que a pessoa enfrentará graves consequências: depressão ou transferência da compulsão alimentar para outro tipo de comportamento compulsivo: compras, sexo, drogas, álcool.

4) Você não vai virar uma supermodelo

Os corpos perfeitos enaltecidos pela mídia colocam uma enorme pressão sobre as pessoas comuns que, por mais que tentem, nunca chegarão perto desse padrão inatingível. Mesmo depois de uma perda de peso importante produzida pela cirurgia, você poderá continuar desapontada se tiver a intenção de conquistar um corpo perfeito.

Um comentário:

Golden Girl disse...

Oi Flor!!
A minha cirurgia foi pelo plano... mas tb foi mais aguardada que um parto... rsss
Entre a decisão e a operação se passaram quase dois anos... e meu único arrependimento é não ter feito antes!! rsss
Prometo que vou contar com calma tudinho!!
Olha tem um selinho para você lá no BLOG.
depois passa lá para pegar!
Bjokas!